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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

quarta-feira, julho 16, 2008

Poema Machista

Já és minha... Já és.
Livros grandes, empoeirados...
Pra quê?
Basta usar o manual da lavadora.
E cuidar nas tardes frias,
De minha carcaça.

Já é como a do Mario Lago.
Não sabes das funções;
Da sua lida, a partir de qualquer dia desses.
Como as outras, quer só isso.
Brincar de bonecas, ser assim.

a uma qualquer na esquina

se morresse amanhã, queria dizer tudo a você;
do amor escondido, da raiva sentida...
naquele dia, que esperei...

se morresse amanhã, queria seu corpo mais uma vez.
suas coxas grossas, no meu queixo...
sua seiva, nas entranhas.

se você morresse hoje,
te pergunto sem vergonha...
doaria seu corpo a mim, por duas horas?