Quem sou eu

Minha foto
Brazil
Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Aline dias atrás

Desinibida de sandálias...
Sorri nas quedas, nos altos...
Saltos altos...
Longe nasceu, como o rio bonito
No meu sonho fugiu;
Voltou na relidade...

Procurei e me perdi.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Poema de Sexta-Feira

Esclarecimento sobre nós;
Você pediu ontem,
Algo definindo esse amor.
Banal, épico, infante.
Não soube definir os pontos,
Nem as vírgulas...

Me pede coisas pequenas,
Sempre olhando, numa inquisição;
Sem fim, sem nexo...
Preciso disso, fico como você.
Jovial, elegante, infante...

Não sei o “nós”, não sei depois.
Você pediu, eu falhei,
Em descrever esse "nós", que vinga na ilusão;
Que precisa de mais, e mais.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Poema de Quinta-Feira

Eu vou pro inferno; sei disso.
Por ser assim; falso.
Ladrão mentiroso, herói feito.
Tento ser só seu;
Sou de tantas...
Sem ter nenhuma.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Poema da Quarta-Feira

Já é tarde, você não volta;
Deixou algo sobre a mesa;
Sobre minhas costas...
Uma flanela cobre a travessa.
Deve ser meu jantar.

O dia amanheceu;
O cheiro podre do meu corpo,
Exala pela sala...
O sangue secou;
O fel estourou.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Poema da Terça-Feira

Álbum novo, fotos velhas...
Dentro de gavetas, seu olhar preso...
Empoeirado, desbotando...
Bate a saudade em mim,
De voltar no tempo, de evitar o fim.

Levo comigo, já disse isso antes.
Seus retratos, seus registros...
Ainda menina, me olhando por cima.
Ardendo na dúvida;
De coisas novas a serem vistas.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Poema da Segunda-Feira

Sigo teus passos, teu rastro...
Te amo todo dia, acordo e vejo o tempo.
Sinto sua pele branca, seu olhar triste.
Ele não veio, não apareceu?

Antes do banquete, antes da noite...
Olhei na janela, estava lá, sorrindo...
Perto de mim, ao alcance das mãos...
Volte depois, mais tarde...
Nos meus sonhos, no meu lado da cama.

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Mulher da Padaria

Sem guerras, sem armas...
Usa os dentes, intimida...
Desvenda, ilude, cativa...


Nutre verdes tons,
Cria expectativas...
Um cachorro quente,
Um refrigerante...


Sorte sua não me conhecer...
Mais um vândalo,
Mais um talvez...

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Asilo

Olho a caneta, penso em agir.
A tinta lá embaixo, o papel acabando...
Todos se foram, levaram o tempo.
Logo vem a sopa, depois o pão.

Olho a janela, vejo seu vestido.
No varal, dançando com o vento;
Vai e volta... Chama pra vida.
Foi-se e não me contou o final.

Olho o quarto, tantos lençóis...
Tantas vontades; banais.
Descobri o final que vivo,
Que sinto nos ossos.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Seu desprezo

Torna-me melhor com ela...
Faço meus dias mais longos;
Por seu olhar de lado,
Com nojo, com pena...

Sou o melhor que nunca vi,
Pra lhe mostrar a realidade...
Voe para longe querida;
Voe para o inferno.

quinta-feira, novembro 27, 2008

É diferente mesmo?

Pra mim, Deus é tão bom que nos deixa livre pra tudo, até para escolhermos o mal e por isso, procuro levar uma vida honesta e digna... Só que sou humano, cheio de defeitos e seria muita coisa achar que eu poderia levar uma vida Santa...

(...)

Deixa eu te contar uma historinha:

Um dia passou na minha casa, um casal com dois filhos... Eram Testemunhas de Jeová, aí o rapaz pediu pra eu dar uns minutos de atenção que ele leria um versículo da Bíblia, era um trecho que falava de vingança, ódio... Pra variar era domingo de F1, corrida em SPA e eu ali com o copo de leite com Toddy... Pois bem, cedi os minutos que ele pediu...

Depois de ler ele me perguntou: Você sabe qual o problema desse mundo?

Eu disse que era conseqüência da evolução humana, e que barbáries como crianças jogadas de prédios, estupros, e tanto outros crimes absurdos; eram coisas que sempre aconteceram e sempre acontecerão. Além do mais acreditava que a quantidade de pessoas boas e ruins ao mesmo tempo no mundo sempre foi a mesma , e que o mundo sempre seria assim...

Aí ele me disse que a culpa era da falta do perdão humano e que os homens não se perdoavam mais, e que isso tudo era falta de Deus no coração das pessoas.

Eu disse que não concordava...

Ele emendou: "Eu sim, hoje sou um capaz de perdoar a todos que me fazem o mal"

Eu perguntei, Você tem certeza disso?

Claro que sim... - respondeu

"Bem, vamos lá" eu disse:

“Imagine você chegando em casa, e descobre que um cara invadiu, matou seus filhos estuprou sua mulher... Barbarizou o coreto... Você perdoaria ele? Pois eu só confortaria a minha dor sabendo que esse assassino fosse torturado de forma brutal e tivesse uma morte lenta e dolorosa... ”

Ficou um silêncio no ar... e ele disse:

“Bem, aí é diferente!”

segunda-feira, novembro 24, 2008

"faz um verso lindo pra mim"

a vida gosta de brincar,
às vezes de um jeito azedo...
mofo, verde, podre...
brinca com seus pais,
meus filhos...
meus sonhos.

faz com que tudo vire flores;
antes de cair por terra,
plantas de sonhos,
nunca rabiscadas.

quarta-feira, novembro 19, 2008

poema sobre a vida perdida

escrevo sobre coisas passadas;
coisas banais, da última esquina...
escrevi sobre seus olhos,
suas coxas grossas...
seu batom borrado...


sobre um futuro longe,
viajante, fugindo de ti...
pra perto de ti...
aos poucos, num copo de café...

ou na insulina que não tomei...

terça-feira, novembro 04, 2008

(Des) Adoção

Aprendeu a voar;
Logo sairá; logo, logo...
Voa pra longe, pro jamais.

Aprenda a guiar os tolos à sua volta.
Guia os cegos, pra um quarto escuro.
Corte a luz depois.

Voa com novas asas,
Voa pra longe,
Nunca esteve aqui, portanto...

Aprendeu a descartar,
Recicla algo velho e sem vida.
Que nunca será.

Nunca esteve aqui, portanto...

segunda-feira, novembro 03, 2008

bonus track

Encha o buraco, de coisas.
Suas, as velhas, a velha.

Preencha; estanque...
Há muito espaço aqui,
Suas lágrimas, suas lástimas,
Coloque tudo aqui...

Ainda temos espaço,
O coração foi doado,
O fígado podre chama aqueles lá em cima...
Rodeando, praguejando.

Enterre comigo seu filho,
Seu outro medo,
Aquela promoção bacana.

Preencha; estanque;
Plante flores depois;
E ficaremos bem até amanhã.

quarta-feira, outubro 29, 2008

terça-feira, outubro 07, 2008

flerte não enviado

Eu posso falar coisas diferentes...
Pra você de vez em quando?
Sem que você se ofenda;
Sem brigas;
Sem que eu tenha esperanças?



* A mensagem a seguir não pôde ser entregue a todos os destinatários:

terça-feira, setembro 30, 2008

quinta-feira, setembro 11, 2008

Letras

Queria eu;
Unir os meus sonhos;
Entre rios e mares;
Zunir o vento, a força;
Ir ao encontro da Moça;
Através dos medos superados.

quarta-feira, julho 16, 2008

Poema Machista

Já és minha... Já és.
Livros grandes, empoeirados...
Pra quê?
Basta usar o manual da lavadora.
E cuidar nas tardes frias,
De minha carcaça.

Já é como a do Mario Lago.
Não sabes das funções;
Da sua lida, a partir de qualquer dia desses.
Como as outras, quer só isso.
Brincar de bonecas, ser assim.

a uma qualquer na esquina

se morresse amanhã, queria dizer tudo a você;
do amor escondido, da raiva sentida...
naquele dia, que esperei...

se morresse amanhã, queria seu corpo mais uma vez.
suas coxas grossas, no meu queixo...
sua seiva, nas entranhas.

se você morresse hoje,
te pergunto sem vergonha...
doaria seu corpo a mim, por duas horas?

quarta-feira, junho 25, 2008

o fim do fim

Os véus, que correm por todo o mar.
Não mostram a dura realidade que vivo...
Que sofro...
A partir de hoje, pro fim...
Pro nosso fim, pro meu que logo ali...

Me espera bem vestido.

As crianças ainda morrem,
Da falta que falta causa.
Você foi... A que o poeta queria pra ele.
Mesmo velha, mesmo linda.

quinta-feira, junho 19, 2008

Terceira Pessoa Ausente

Sempre perguntas vagas...
Recheiam as tardes insólitas.
Solitárias na sala de vidro,
Pela janela se vê os jovens sonhos...
Com seus livros encapados...

Mostram o que jamais seremos,
Dentro dos textos que fiz a seu pedido.
Dentro da vida que criamos depois das 6...
Temos vontades, que nos dão vontade de ser.

Ele voltou ontem?
Não posso falar de seu pescoço esguio...
Não mais hoje, nem amanhã.
Tenho comigo, o beijo que nunca dará.
A mão que nunca senti...

Ficamos nos estudando,
Sem saber se somos isso mesmo...
Dois espectros, que sonham...

Mas não realizam...

sexta-feira, junho 13, 2008

Crases, Acentos

Não justificam sua recusa,
Em ser só dele...
Enquanto na sala, me olha
(...) instiga a ser, quem não posso
Como o cara da foto...


Sua franja, não é como ontem...
A química passou...
Eu só vejo solventes e soldados.

Dona Florinda foi embora

A barba por fazer, remete à sua mão...
Três dias atrás, cuidava daqui...
Fervia o leite,
Me aquecia com teu colo.
Esse cabelo curto, por sobre as orelhas.

Nada restou de ti...
Só gosto em minha boca,
Só o rosto em meus pesadelos...

O seu avental, ali fora...
Florido, distante de mim...
Me avisa, me alenta.

quarta-feira, junho 11, 2008

Desejo Desconhecido

Durante a tarde ociosa,
Veio a vontade do desconhecido.
Um contato qualquer, perdido...
O motivo não era nobre.

Os meios justificam o sorriso...
Meigo, cerrado... Quase sem razão...
Uma armadilha pro navegante,
Aquele que busca coisas menores.
Com o jeito de suprir seu estoque.
De coisas grandiosas...

Não existe amargura,
Amarga não é sua pele,
Doce seiva, que não é minha...
O outro dono foi no alto do rio cinza,
Como você disse há 40 minutos,
Seria ele, o tutor de seu nome íntimo.

Não eu, o usurpador, que tenta...
Em vão, seu sorriso aqui.

terça-feira, junho 10, 2008

Sílvia Saenz

Não queria a vida de antes,
Nem a do próximo roteiro...
Com quartos decorados,
Sentimentos profanados ao léu.
Falsos amores, falso suor.

O anti-herói, sua atuação fora de linha.
Queria mais, queria o velho doente...
Dando-lhe textos geniais...
Na escatologia declarada por toda a tela...
Segue firme... Sempre diz ser o último.

Mas aumentarão o cachê...
Na próxima vez?

segunda-feira, junho 09, 2008

Sala de Espera

Vê-la fraca, nua de força...
Nada bom foi, nada apenas...
Queria poder cuidar,
Prestar o socorro que precisa.

Impotente, preocupado,
Vítima do tempo de espera,
Por notícias boas, que mais tarde...
Apareceram, dizendo que a bonança,
Havia chegado no último trem...

Hoje tão linda tão serena...
Você me disse “bom dia”.

quarta-feira, junho 04, 2008

A Beleza

A dos olhos tristonhos,
Do pescoço esguio, que busca o aconchego...
De mãos rijas, mas macias no toque.

Pode-se trocar pelo tom claro dos dedos,
Finos, delicados.
Que falam por si, com vida própria...
Como o sorriso firme,
Que não canso de citar...

segunda-feira, junho 02, 2008

Olhando Você

O temor, envolto na casca de ovo...
Temo o que temo sentir,
Temo a teimosia de temer o desconhecido.
Mas hoje você veio de botas,

Veio mais elegante do que ontem,
E menos do que amanhã...
Menos que tudo, sendo amanhã
A realidade de hoje...
Mas temo assustar você,
E seu sorriso ímpar...

Com minhas falas, sempre longe.

sexta-feira, maio 30, 2008

Flerte Subliminar

Lua e estrelas... Temo isso.
A ressalva em ser piegas,
Não no tema, mas na função de palavras...
Jogadas ao relento, sem cuidado...

A lua que vi ontem passou por mim num segundo...
Vi que era bela, mas num descuido idiota,
Abri mão de uma tentativa nula...

As estrelas que vi, todas brilham mais...
Que um nulo corpo decadente,
Que se ressalta ofuscando outros...

A primeira fala está longe, mas...
Perto de lá e longe de qualquer lugar,
Já que uso verbos perdidos...
Fedidos na gramática, que não há solução...

Noite Fria

O dia cinza começa com um sorriso...
Com o esfregar das mãos,
Repelindo o frio, que nem tanto é.
A boca cheia de dentes...
Esboça um charme sem alvo...

Os pés se roçam, fora da sapatilha...
Meias brancas, como o tecido do buquê.
Aquecem o que não vejo, mas percebo.
Falava-se do homem, e suas palavras de ordem...
Durante a noite fria, a neblina salpicava a longa conversa.

Falamos nisso durante o café...

quinta-feira, maio 29, 2008

Por que eu?

Acanhado fico, com as descrições,
Com as indiscrições de seus detalhes,
Tímidos, menores ficam...
Não sei usar a escrita deles,
Só falo de coisas menores.

O estabelecimento de sua grandeza,
Depende de minhas análises tolas,
Sobre as menores coisas...

Quando a real importância,
Está no abstrato de seus olhos tristes.

Um Pedido Atendido

Disse que seria sobre as flores...
Mas não disse a cor, o cheiro...
Talvez a que desabrochou logo ali,
Ou a cheia de pólen, que caminha para o murcho.

Queria um buquê, envolto em panos alvos...
Poderia ser também aquela sintética,
Que como disseram outro dia, “não morre”.

A mágica disso tudo, é você interpretar...
O que posso sentir,
O que posso querer.

Visibilidade - 95%

Ouvi um lamento...
Alguém dizia “para sempre você”
Era em outra língua...
Ou eu estava chapado.
Mas era isso e outras coisas.

Enquanto olhava pela vidraça,
E via jovens vontades,
Que já não devo sentir mais...

quarta-feira, maio 28, 2008

Delicadeza nº 34

A delicadeza da sapatilha,
Não condiz com a força que brota...
Do sorriso sempre exposto,
Daquela elegância formal...

Mas sempre vem o fax interromper...
O que ninguém sabe,
O que ninguém vê...

A voz suave, quase sussurra.
A banalidade do dia a dia...
Dos fatos nulos,
Da campainha incessante.
Que sempre toca, ao início de tudo.

segunda-feira, maio 26, 2008

Sofrer Sorrindo

É bom fingir...
Ser o que não sou, ser quem não quero ser...
Fugir daquela realidade cruel.
Fugir da realidade que você não mais está...

É bom sentir você aqui, mesmo do lado lá.
Me confortando todo dia, com seu cheiro...
Que chega até mim, num suspiro doce...

É bom fingir que não te amo mais...
Que não preciso mais dos seus quadris.
Do seu gosto, do seu corpo...

Somos os piores atores...

quinta-feira, abril 24, 2008

à moça com a criança no colo

Não fui a esperança...
Não fui angústias ainda vivas...
Não fui certezas...

Fui quem se encantou numa tarde,
Por cabelos sinuosos...
Pela aquela voz suave;
Pela criança no colo...

Na noite da chuva,
Acho que terminamos ali...
Faltou paciência;
Faltou coragem...

Mas a Flor, daquela baía barrenta...
Ainda floresce aqui.

sexta-feira, abril 18, 2008

Enquanto você se produz

Não faça isso...
Foge de mim, foge de tudo...
Ou fugia, e agora é só um charme a mais?

Corria por aí, aquela vontade...
Que agora carrego aqui.
O eixo em que me pôs...
É o mesmo do último, mas...
Vou segui-lo a risca,

Pra sempre.

Manuela

Com seus dedos finos;
Cheio de anéis e bem alinhados,
Correm pela mesa, expõem seus desejos...
Não sei ao certo, o certo disso tudo...

Caminhos tortos sempre serão...
Mas não sou eu o que vai grifar.
Nem contornar, nem apagar...

Sei dos seus planos, dos seus dedos finos...
Me impondo seus pontos,
Propondo coisas, e tirando meus flancos...
De opiniões vagas, perdidas...

quinta-feira, abril 17, 2008

Ela... Hoje

Esses lábios tristes...
Tranqüilos já foram, nas tardes de outros dias.
Seguraram as lágrimas rebeldes,
Que hesitou em derramar...


A pele desse rosto...
Macia, convida a segurar,
As lágrimas que devem cair hoje...
Ou que cessarão de manhã...
O seu choro comove estranhos,
Mas não faz o algoz se arrepender...

Auto-Crítica

Precisar, não é a palavra certa...
Está cada vez mais difícil começar algo.
Faltam palavras, assuntos...
A musa ainda é a mesma.

Mas o lápis está mínimo...
Definitiva e pontual,
É a vontade de permanecer;
Todo dia com uma letra a mais..
Toda hora, com a certeza...
De estar lá ao longe;
Mas aqui perto, como antes...

quarta-feira, abril 16, 2008

Balada do Casal Sem-Vergonha

Vou indo... Levo minhas vontades no bornal.
Lá atrás tem algo parecido,
Mas afirmo novamente...

Não suporto mais suas coxas grossas,
Esse seu jeito... Cheiro de mulher...
Seu olhar caído... Me conquistando mais uma vez...

Sempre voltei, mas hoje será diferente.
Não retorno mais aqui... Nem que me peça de joelhos...
Mesmo que chore e diga me amar...
Mesmo que... Mesmo que roce seu decote em mim...
Mesmo que faça aquilo como só você faz...

Vou indo, levo minhas vontades dentro da calça.

Relendo Velhos Textos

Nada que seja tão prudente...
Nada que seja tão consciente na sua forma...
Nada demais, além do seu sorriso nas manhãs...
Calmo, sereno... Fazendo ser aquele melhor...
Nada como o de antes, mas ante o de amanhã...

Reticências

Nada que seja tão passional...
Violento e banal...
Nada que te agrida com palavras...
Nada que não seja brutal...

Que não sofresse como na última semana...
Que não fosse o mesmo de antes...
Mas o melhor que você buscou naquele banco...

Daquela cidade com nome de guaraná...

quarta-feira, abril 09, 2008

J. Stobo

Eu poderia pedir desculpas,
Eu poderia tentar novamente,
Eu poderia me redimir...
Eu poderia ser infeliz.
Eu poderia pegar o seu giz.


Eu posso melhorar,
Eu posso te esquecer...
Eu posso te provar,
Eu posso tentar.

Máscara

Procurei por uma expressão cabível...
Uma palavra bem escatológica...
Mas não, me vesti num outro.

Fui esperar ao longe, o que eu já sabia.
Não reprimo minha dor;
Pelo fato dela não existir.

Mas aquele riso ao cair da rede,
Não esqueço.

Agora, Só

O fundo de adeus ao fundo, me informa...
Me conforta sobre o que foi “nós”.
O sol se põe, e eu aqui no banco.

Esperando algo que não virá,
Mas devo cuidar do meu barco,
Mantê-lo longe das tempestades.

A brisa boa, anuncia a ressaca.
Que ao longe já se foi...

Fotolog

Aquela beleza de antes;
Maiúscula, marcante...

Não profane a beleza que eu vejo.
Não diga aos outros,
Que medi seus lábios carentes...

Aquelas polaróides fabricadas,
Não me enganam...

quarta-feira, abril 02, 2008

Um doce fim para algo que não se foi

Sempre fingindo...
Sempre estaremos...

Que seus quadris não me provocam mais...
Que minhas palavras não mais ouvidas...
Que o apelido não existe mais.

Que você nunca existiu;
Que aquela tarde não acabou.

Você e eu; dois amigos da ocasião;
Sempre fingiremos para o outro,
Que tudo acabou bem.

Olhos de Capitu

Com jeito arredio,
Numa personalidade rubra.
A menina com a boneca;
Mas a mulher com o punhal...

Seus olhos baixos, como de um antílope...
Procuram uma presa, pra fera na esquina.
A leoa que caça homens,
Esperando o próximo idiota.

A Capitu do outro,
Mas o meu vício de antes.

segunda-feira, março 24, 2008

Menina Cósmica

Direito é não contemplar...
O sol que não brilhou até ontem...
Não vi a última previsão,
Deixei pra lá...
Aqueles quadris que exigem atenção.

Contornam quem defende os pequenos;
Com seu escudo de boa vontade,
Querendo briga, mas também a calmaria.

Não sei de onde veio,
Mas mereceu um troféu...

Talvez pelo escudo;
Talvez pela coragem;
Ou meramente pelos quadris...

Melâncolia ao Leite

Depois da Doce Passagem...
Retornamos às nossas coisas,
Elas ainda estão lá nos retocando...
Escondendo cicatrizes, arranhando a consciência...


Acredito que não há mais nada a acreditar...
Só nessas polaróides discretas;
Sem pretensões de agradar...
Apenas vejo ao longe,
A incumbência de estar ali,
De se fazer presente...


Essa doçura que não pode ser minha...
Não sei até onde chegará,
Mas sei que já há alguém.

quarta-feira, março 19, 2008

Fake

A mão continua estendida;
Pra alentar quem cansou de lutar...
Aquela criança triste;
O velho dolorido de viver.

A mão continua estendida;
Mas ela cobrará a fatura...
Aquele carinho não foi em vão...

A filantropia terá um preço.
Fazendo de seu amor,
Sua maior fraqueza.

Uma volta

Relendo essas coisas postas aqui, eu notei que sempre foi seguida uma linha tênue de escrita. Dizem que um pintor reproduz numa tela o que quer ser, ter, participar ou sonha... Nunca classifiquei como “poema”, e sim como um desabafo, um vômito ou mesmo um relato...
Daí o nome do blog. Escrevo sobre coisas sentidas, vividas ou ainda em curso. Não sei ao certo onde isso tudo acabará, se num best-seller ou em coisas engavetadas cheirando a mofo.
A primeira opção é uma incógnita, a segunda impossível, pois é algo virtual e isso nunca mofará, a não ser que o site seja removido.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Comunicado

Esse blog entra em recesso, talvez ele volte num tempo futuro. Hoje se fecha um ciclo, agradeço aos leitores, se bem que não sei quantos ao certo, pelo apoio, pela divulgação. Vou me dedicar a escrever mais contos e relatos, deixarei os poemas de lado, pois não é o foco que busco.
Agradeço mais uma vez aos leitores e espero voltar em breve com novidades.
Reinaldo de Souza
05/03/2008 - 12:24 hs

Porto Feliz

O barco ao longe se vai...
Foi uma parada demorada,
Custou para zarpar.
Mas era um barco requintado...
Esse cais furado e cheio de remendos,
O lodo não agüentaria muito.


Já foi, no horizonte ele dobra.
Só fica a certeza,
De que não há certeza alguma.

Courtney Love

Não vou me suicidar,
Descanse sua pele bem cuidada.
Não tenho coragem pra isso,
Você sabe bem...
Sabe do que sou capaz.

Coloquei 5 colheres de nescau,
No leite que tomei ontem...
Enquanto via um deus cheio de trejeitos.

Desarmando Armadilhas

Venha me destruir!
Não se acanhe, tente!
Sua espada aromática não me fere mais.
Não posso sucumbir aos seus desejos tolos,
Sua coragem de mentira.


Não se envergonhe da situação.
Quebre mais pratos.
Faça sua cena...


O amor é uma flor no abismo,
Eu sempre digo....
Arrisque-se por ela, e verá que no fim é só uma flor.
Mas nada vai me destruir,


Não banque a vítima,
Não me bajule...
Já pos em prática suas habilidades.

Agora já minei meu castelo.

chame do seu jeito

Volta e meia me vem isso...
E se fosse uma conspiração?
E se tudo fora premeditado
Com requinte de detalhes...

A cada dia que passa,
A certeza vai me tomando...

Um peixinho envolto numa isca....
Ou a mosca que se seduz pelo brilho da flor,
Ou mesmo o dependente,
Daquele complexo de barbitúricos..

Aquele dia livre no parque talvez.
Foi útil pra encontrar um novo brinquedo.

101

Mas ainda acredito em mim,
No medo de ser aquele,
Que veio pra mudar um...

Mesmo que tudo aponte pra lá,
Eu vou por aqui...
Pois temer é grandioso.
Pois ceder é maior...

Mas ainda assim, acredito na escrita.
Aquela que faço com o copo de café frio.
A dor nas costas de sempre...
Aquele pensamento teimoso,
Que tudo vai melhorar.

Mas ainda acredito em mim.
Na vontade de ter seus quadris aqui.
Que chegam pra salvar um...

Levantando

A enxurrada que passa,
Pode não ser a verdade que se espera...
Não busquei mais promessas,
De ontem à noite pra cá...

Aquela calmaria de antes,
Que acredito ter usado,
Pra definir uma dobra difícil,
Que foi posta a postos...
Pra capturar os sonhos de antes.

Ela ainda passa por aqui.
Todas as noites querendo...

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Chuva

Eu sorria copiosamente...
Um riso triste, soturno.
Indo pro abate o gado berrava.
O cheiro de sangue correndo pelo chão...

Era a mesma sensação...
Da música que ouvi ontem.
Depois do meu café da tarde.

A traição não foi bem assim...
Contei outra história por esses lados.
A vontade está florescendo;
Outra citação ao poeta morto.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

liberdade minúscula

fique calma... a ventania passou.
não há mais dor agora,
o amargo se foi, junto com seu corte de cabelo.
esqueça aquela face.
esqueça tudo e todos naquela rua...

agora está livre, está solta...
pra amar aquele que ainda não conhece,
mas que roubou você das minhas vontades.

vá e volte mais tarde...

A Sombra de Deus

Não há um meio correto de se começar isso. Talvez se deva contar a partir do último episódio.

Algo sombrio estava surgindo naqueles dias. A dor que consumia a cabeça, nem o deixava pensar. Mais um emprego que escorria pelas mãos, mais um sonho que ele abortava.
Andava pelas ruas sem rumo, não sabia o que diria mais tarde na república. Os vencimentos do mês batiam à porta e nada de dinheiro.
“Se eu tivesse uma oportunidade real, poxa... Resgataria muitas coisas, muitas coisas... Vivo sempre à sombra de Deus”
O centro da cidade estava movimentado, o Governador inauguraria uma ponte que já custara milhões à viúva.
Mesmo estando com apenas R$ 5,00 no bolso valia a pena uma coxinha com laranjada... Qualidade duvidosa, mas enfim, eram tempos difíceis e exigiam medidas cabíveis. Comer todos os dias daquela forma não representava saúde pra alguém criado com frutas, cereais e doses cavalares de leite e vitaminas.
Se acostumar com bonança é fácil,; moleza, mas roer os ossos da vaca magra era digamos, terapêutico.
Alguns carros da PM rodeavam o centro da cidade, notava-se um grande aglomerado de imprensa, curiosos e policiais, havia uma impressão de estar num filme, todos aqueles carros; homens armados olhando as pessoas como se caçassem alguém.
Já caminhava pra casa, afinal de contas aquilo não o seduzia, afinal de contas estava fudido e mal pago e ainda por cima começava a chover... Alguns fogos explodiram, nessa altura já se “cortava a fita”.


deve continuar...

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Autópsia

O meu lado não se define tão fácil.
Eu usaria aquela palavra hipotética.
Nunca fomos dois, me certifiquei disso.
O despertar da realidade alveja meus cabelos.

Vejo todos meus amores falsos.
Meus atos egoístas....

Aquela tarde nunca sairá da minha cabeça.
Nem mesmo aquele tapa em março de 1996.
Aquela corrente de ouro barata...
As calças rasgadas nos fundilhos.

Mas sei que já foi.
E nem apagou a luz.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Remoendo numa Tarde Quente

Passa-se o tempo; as luas se foram...
O céu mudou pra mim, vi um horizonte,
Que não estava no manual prático.
Vi coisas diferentes.

Que ainda estão por aqui...

Reprimido; Enjaulado

Aquele doido ainda caminha por esses lados.
Seus olhos murchos pelo pó da estrada;
Esguia e contente era a moça do outro lado.

Aquele felino arisco, cheio de marcas...
Caminha pela mesma estrada que passei.
Eu era louco de querer pra mim...

Mas ainda assim, o doido não era eu.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Espelho Rasgado

Sou comum como pão com manteiga;
Um idiota em qualquer esquina.
Alguém sem nexo, sem essência.
O que busco nos outros,
Não encontrei na vivência.
Pobre e cafona como essa rima.


Sou inútil e mediano.
Não mereço sua pena, nem mesmo as da galinha.
Sou assim, pobre de riqueza e rico de pobrezas.
A mazela que encanta;
A doença que se pega.

Sou o mendigo na rua,
Aquele que aparece em fotos;
Por cima dos ombros dos bacanas.

A minha fraqueza exalta suas virtudes;
Uma beleza falsa que te engana.
Assim como minhas palavras.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

1 improviso

Nem sai da retina...
Aquela tarde quase noite;
Acho que era o último dia, ou o penúltimo.
Uma sala cheia de estranhos.
Tentávamos em vão... Nem sei ao certo...

Hoje vejo que ainda dura,
Aquela vontade de contar;
Passagens distantes, dores guardadas.

O que impede?
Eu fiquei sabendo dos olhos estranhos,
Daquelas coisas escondidas.
Das minhas e das suas.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Manual Prático para o Auto-Perdão

Tente medir o sofrimento alheio!
A grama do vizinho é mais verde.
A dor do próximo é sempre exagerada.

A demasia do sofrimento causa o amor fácil.
Aquele que vem e vai.
As vezes eu erro;
Ou errei lá atrás.

Meus erros de ontem, me cobrarão a fatura.
Dura, pura e sagaz.

Paulo Henrique se foi

Sinto que já foi embora a essa altura...
O procurei pela manhã;
Mas em vão... Talvez, eu diga um dia...
Não foi a primeira perda.

Acordei de madrugada pra te ver;
Estava lá triste e calado.
Mas ainda assim foi carinhoso;
Pedia ajuda, mas nessa altura...
Já não podia mais.

Fiz o jantar que gosta;
Mas não o comerá hoje.
Queria que não fosse assim.