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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

sexta-feira, maio 30, 2008

Flerte Subliminar

Lua e estrelas... Temo isso.
A ressalva em ser piegas,
Não no tema, mas na função de palavras...
Jogadas ao relento, sem cuidado...

A lua que vi ontem passou por mim num segundo...
Vi que era bela, mas num descuido idiota,
Abri mão de uma tentativa nula...

As estrelas que vi, todas brilham mais...
Que um nulo corpo decadente,
Que se ressalta ofuscando outros...

A primeira fala está longe, mas...
Perto de lá e longe de qualquer lugar,
Já que uso verbos perdidos...
Fedidos na gramática, que não há solução...

Noite Fria

O dia cinza começa com um sorriso...
Com o esfregar das mãos,
Repelindo o frio, que nem tanto é.
A boca cheia de dentes...
Esboça um charme sem alvo...

Os pés se roçam, fora da sapatilha...
Meias brancas, como o tecido do buquê.
Aquecem o que não vejo, mas percebo.
Falava-se do homem, e suas palavras de ordem...
Durante a noite fria, a neblina salpicava a longa conversa.

Falamos nisso durante o café...

quinta-feira, maio 29, 2008

Por que eu?

Acanhado fico, com as descrições,
Com as indiscrições de seus detalhes,
Tímidos, menores ficam...
Não sei usar a escrita deles,
Só falo de coisas menores.

O estabelecimento de sua grandeza,
Depende de minhas análises tolas,
Sobre as menores coisas...

Quando a real importância,
Está no abstrato de seus olhos tristes.

Um Pedido Atendido

Disse que seria sobre as flores...
Mas não disse a cor, o cheiro...
Talvez a que desabrochou logo ali,
Ou a cheia de pólen, que caminha para o murcho.

Queria um buquê, envolto em panos alvos...
Poderia ser também aquela sintética,
Que como disseram outro dia, “não morre”.

A mágica disso tudo, é você interpretar...
O que posso sentir,
O que posso querer.

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Ouvi um lamento...
Alguém dizia “para sempre você”
Era em outra língua...
Ou eu estava chapado.
Mas era isso e outras coisas.

Enquanto olhava pela vidraça,
E via jovens vontades,
Que já não devo sentir mais...

quarta-feira, maio 28, 2008

Delicadeza nº 34

A delicadeza da sapatilha,
Não condiz com a força que brota...
Do sorriso sempre exposto,
Daquela elegância formal...

Mas sempre vem o fax interromper...
O que ninguém sabe,
O que ninguém vê...

A voz suave, quase sussurra.
A banalidade do dia a dia...
Dos fatos nulos,
Da campainha incessante.
Que sempre toca, ao início de tudo.

segunda-feira, maio 26, 2008

Sofrer Sorrindo

É bom fingir...
Ser o que não sou, ser quem não quero ser...
Fugir daquela realidade cruel.
Fugir da realidade que você não mais está...

É bom sentir você aqui, mesmo do lado lá.
Me confortando todo dia, com seu cheiro...
Que chega até mim, num suspiro doce...

É bom fingir que não te amo mais...
Que não preciso mais dos seus quadris.
Do seu gosto, do seu corpo...

Somos os piores atores...