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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

sexta-feira, julho 30, 2010

A (Minha) Maria

A separação que temo é aquela de manhã,
Embaixo dos sonhos; antes de ir pro trabalho.
Eu só tenho uma chance no meio da neblina,
Poucas e poucas horas e aquela carta que não fica mais na manga.

Todos por lá já sabem e esperam pelo momento.

Isso não me matará.
A queda será muito adiante e sem brilho.

sexta-feira, julho 16, 2010

Ela Não Me Respondeu Ainda

Passei uma garrafa de café;
Forte e sem açúcar, meu caminho é curto.
Vamos ver juntos onde eu consigo?
Lá fora só pedidos; ninguém se doa.
Todos querendo enganar o tempo.
Mesmo sem pedir, mesmo sem poder.

A goteira que ainda não esgotei.
Me chama todas as noites para o sarau.
Embaixo de tudo eu tento te achar.

terça-feira, julho 13, 2010

Legítimo Ataque

Sempre o mesmo golpe com os mesmos métodos.
O fluxo que leva meus detritos;
Instintos que jamais interpretará;
Com sua trena dos sentimentos.
Não leia minhas anotações,
Posso fazer-te chorar; posso parar o seu coração.

Sempre o mesmo golpe!
Na têmpora e sem muito sangue...

segunda-feira, julho 12, 2010

Revolta

Fala dos seus encontros como se aqui ninguém sofresse.
Meu limite se foi lá atrás.
Você precisa só de ouvidos?
Eu só faço ouvir.
As paredes estão sujas,
Algo vermelho e doce; mas eu nem estava aqui.
Só você e seus encontros.
Minhas mãos sujas lhe apontam a porta.

segunda-feira, julho 05, 2010

Escolhas

Seus braços entre as ondas;
Olhei por todo lado, por cima e embaixo do tapete.
Barco virado... Dois ou três metros adiante.
Evite qualquer corda que eu jogar.
Não espere um bom homem de levante.

sexta-feira, julho 02, 2010

Ranço

Na próxima janela você sai;
Na próxima parada você salta;
Não me force mais prazos, vou descansar de ti;
Eu sei das flores que recebe...
Sei do sorriso escondido;
Vamos dar alento ao espaço e aproveitar a corrida;
Nada embaixo do meu chapéu;
Pode convencer do extremo;
Esse gosto ninguém terá.