Quem sou eu

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Brazil
Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

sexta-feira, setembro 28, 2007

O Banquete

Perverso foi aquele sorriso.
Estava ferido e você sorria;
Eu não me importo...

Não me importo mais com essas coisas;
Não preciso de mais nada dessa vida.
Só uma cova funda e aconchegante;
Pra depositar a minha carcaça maldita.

Cansada, irônica e canalha.

Perversa foi a última pá de cal..
Branco e fino...
Alvo e lúcido, como a lança de um arcanjo;
Que arrebenta o peito;
Que atormenta a alma.

O perdão que preciso, ninguém pode dar.
O meu paletó rasgado, não precisa mais de remendos.
Só preciso de um copo de mercúrio;
Pra filtrar meu sangue sujo;
Antes que a terra comece o seu banquete.

Poeta Falhado

Deveria escrever sobre coisas boas...
Sobre esperanças; amores.
Sobre crianças sorrindo e brincando...

A moça até me criticou por isso.
Ser frustrado e mórbido...
Sombrio, desgastado.

Prometi tempos atrás; ser melhor.
Sorrir mais e fugir do lado podre da maçã;
Mas essa moça não tem direito.
Não tem direito de me perturbar...
Meus demônios estavam dormindo.

Sombrio é dizer “eu te amo”.
Sombrio é dizer “eu te amo”.
Sombrio é dizer “eu te amo”.
Sombrio é dizer “eu te amo”.

Esperando

Oh querida! Tentou me esfaquear...
De onde você surgiu?
Com seu hálito de café requentado...
Seus olhos inchados indicam...
O lugar onde esteve.

Dê-me um rumo; um norte nisso tudo.
Não vai cometer isso mais...
Não tema o que não viu... Nem sentiu...
Na sala de espera do inferno;
Eu vou te esperar...
Com minhas rosas flambadas...
E meu casaco impregnado pelo enxofre...
Do nosso ódio mútuo...
Por aquilo que ainda não avistamos...

terça-feira, setembro 18, 2007

Final Feliz

Acabou...
Pensando bem o som, é até suave;
Sua pernas tremiam, seria o frio?
Vi seus dentes batendo ao celebrar o fim.
Antes eu lamentava ter perdido...
Em todo jogo há um perdedor.

Hoje não, Querida... Hoje não!

Vejo todo esse tempo; com nojo...
De não ter aproveitado seus quadris...
De não ter sido mais homem e te assumir.

Me sinto maior; mais capaz...
Bem melhor que no início.
Sem dinheiro pro cachorro quente...
Aquela obturação que me dói hoje.

Vejo essas cartas com cheiro de flor...
Sinto nojo de não ter escrito aquelas coisas.
Amanhã vou acordar, e mostrar a todos;
O pavor que senti ontem...

Sinto náuseas daquele teu perfume barato...
Mas que sempre funcionou...
Você conseguiu...

sexta-feira, setembro 14, 2007

90, 62, 93

Foi o tempo das fotos;
Fotos feitas há tempos atrás.
Seus olhos brilham mais nelas;
Do que ontem na praça.

O rapaz de antes, chorou bastante.
Disse estar em transe, desde o dia do sorvete.
Acha isso certo?

Acabar com sonhos, que nem foram sonhados...

Foi o tempo das fotos...
Das suas pernas esguias...
Do seu busto intrigante...
Do seu sorriso perdido.

O rapaz de antes, morreu amanhã;
Mal sabe ele, o que o poeta sente.

terça-feira, setembro 11, 2007

Depressão Induzida

hoje é meu último dia...
de solidão forçada, de choros falsos...

saio pela porta de frente;
enfim consegui me olhar na poça...
certas dores que escrevi antes;
não latejam mais esse músculo cansado...

meus raios de sol; hoje são brilhantes...
têm o brilho de uma estrela.
acaba aqui, com um ponto final essa farsa.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Isabel

a tarde mais distante...
estaria perto, se fosse ontem...
naqueles cabelos de iemanjá...

mas certas oferendas,
sempre voltam...

naquela praia de ontem...
a tarde teimava em acabar;
antes do beijo dela, me presentear

segunda-feira, setembro 03, 2007

7200 giros

Cinco dias... Cinco Sóis...
Cinco estrelas... Cinco lampejos...
Passou tão rápido... Aquele fecho de Luz....
Minha vida não tem mais sabor...

Mas o molho não tem o mesmo toque agridoce...
Acho que nunca comi o molho que eu quis...
A princesa sem dentes me exalta, me protege....
Sou assim antes dela,
Antes do primeiro...

Sou o meu o próprio diabo...

Preciso de cinco dias...
Precisava de uma estação inteira...
A flor Branca me surpreendeu....
Ela disse que foi a água...

Primeira Decepção

“Apareceu do nada”...
Assim você se refere a mim...
Eu sei das minhas falhas,
Até pensei pela manhã;
Que estávamos num caminho lindo...
Cheio de rosas brancas...

Estava na hora de uma decepção...
Sei do canto ruim....
Meus acordes são fracos...
Um guerreiro forte, sem armadura

Gostei do teu canto...
Mas sei onde posso remar...
Não me deixe de canto....
Por meu canto não te agradar....

Uma nova flor (ainda)

Veio Branca como a brisa...
Aquela brisa que nunca bateu em meu rosto...
Apareceu tenra como a flor...
Uma nova flor que ainda não reguei...

Ainda havia mais de uma primavera pela frente...
Planos que eu estabeleci...
Mas mesmo assim, você veio Branca...

Alva, lúcida (...) me fez bem...

Ainda sinto o cachecol que nunca senti....
Sei que permanece aqui....

85 centavos

Faltaram algumas moedas,
Aquele bolso furado, me pregou outra peça...
Fui confiante sabe, achei que você adoraria um sonho...

Fui rápido, no caminho eu vi aquela pessoa...
Ainda sofria como no primeiro dia...

Pra ser sincero, faltou vergonha mesmo!
Não deveria ter insistido, a moça não topou...
Continuo com as minhas preferências...