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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Auto-Espancamento

Bom saber disso...
Saber do encosto que represento...
Não pedi isso a você.
Mas insisti até 15 minutos atrás.
Carrego meus tropeços numa mochila térmica.

Aquele calor da ante-sala;
Eu lá esperando a espada.
Com seu gume ácido...
Livrando-me das minhas entranhas.

Não temo mais um demônio.
Afinal fui eu quem o criou.
Na minha cabeça podre (mais uma vez)
Meu gosto pela caneta havia voltado;
Depois de um tempo de ternura.

Meu hálito voltou a feder;
Já não sou mais belo como antes...
Meus intestinos não funcionam mais;
Minha úlcera me consome...

É bom, ver que não mudei um milímetro.

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