Quem sou eu

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Brazil
Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

sábado, fevereiro 28, 2009

O seu último depois do hiato...

Perdi, os reais...
Valores que haviam no molho.
Caldo grosso e sujo.
Me envolveu, me soterrou.


Outra palavra, outro termo.
Fique com a sua,
Sua casta branca,
Sua raça.

Desintegre, morra com seu cão vermelho.
Impotente, Velho.
Deixa o andarilho,
Caminhar sobre penhascos... Feliz.


Sim, estou feliz sem você.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

pela janela do inferno

desce seus fardos;
o mais pesado sou eu;
vadia pelas ruas...
chama por outros,
embebida em luas
a pressa em morrer.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Mulher da Fotografia no Túmulo Azul

Meus vícios, baratos de um tostão...
Corro pelos cantos, seus encantos...
Volto ao mesmo ponto,
Sua ironia cheia de razão,

Mais rabiscada que antes;
Me mostra barbitúricos.
Faz isso por eles,
Inúteis professores de sei lá...

Me diga, de suas águas caldalosas,
Em qual poço fundo que me atirou,
Olha de lá com sua boca grande.

Sei de suas viagens;
Aqui diz outra coisa,
Outro ponto...
Fotos suas com ele, cheios álbuns.

Esvazie suas gavetas.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

M.n.p.e

morra com seus rabiscos;
seus óculos grandes;
pin-up magrela...


sua frases feitas;
seu rabujento cão...
seus amigos excluídos.


morra longe mim,
antes que meu peito,
precise de você.

Saudades

Me benzo; peço forças...
Fujo do teu rosto,
Canelas finas, esguias...
Me chama num código,
Intriga tudo à volta...


Me excita, me deixa...
Manhosa se esquiva...


Me rega e me poda

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Alice Me Perturbando

velha pra andar, pra sorrir?
desperta fetiches em mim;
em minhas calças surradas...
levante dessa cadeira;



num milagre, afague meu rosto.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Uma Impressão

vazia, desce sobre as nuvens;
serena e eficaz;
em seus planos de açúcar;
fala de criança, mostra as fotos...

se revela a mim; num riacho...
que eu vejo, banho e bebo.

vazia, desce sob os outros;
mostra a força e estanca;
os rios de sangue;
em que desaguam minhas vontades.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

a primeira última vez

terminando a mala; viagem longa!
sabe disso? da exclusão, do seu mundo!
ficou algo na pia, não olhei.
algum apetrecho imundo;
aquela escova velha, sebosa.
com seu hálito doce.

doce que não tiro da boca;
de dentro das calças.
vá minha amiga, volte pra lá.
o que ficar, te mando depois,
dentro daquela mochila.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Março de 1980

Não dará um tostão por isso;
Num futuro próximo.
Esguio, olhos surrados...
Me guia ainda pelos tesouros;
Me mostra a esquina,

Sei que estaremos bem,
Juntos, e mais fortes...

Ela não te levará;
Tão cedo espero,
Preciso mostrar que mudei.
Que o investimento valeu.