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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

sexta-feira, setembro 28, 2007

O Banquete

Perverso foi aquele sorriso.
Estava ferido e você sorria;
Eu não me importo...

Não me importo mais com essas coisas;
Não preciso de mais nada dessa vida.
Só uma cova funda e aconchegante;
Pra depositar a minha carcaça maldita.

Cansada, irônica e canalha.

Perversa foi a última pá de cal..
Branco e fino...
Alvo e lúcido, como a lança de um arcanjo;
Que arrebenta o peito;
Que atormenta a alma.

O perdão que preciso, ninguém pode dar.
O meu paletó rasgado, não precisa mais de remendos.
Só preciso de um copo de mercúrio;
Pra filtrar meu sangue sujo;
Antes que a terra comece o seu banquete.

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