Aceita ouvir uma declaração?
Antiquada como novos boleros...
Dramáticas, melosas...
Trágicas como o revés que tenho,
Todas as vezes que busco seu olhar triste,
Cabelos negros como as minhas trevas,
Trevas lindas, onde sou feliz.
Aceita ouvir um consolo,
Simples e direto, partindo de um tolo...
Apaixonado e cafona,
Como um bolero do Gardel.
Quem sou eu
- Relatos Avulsos
- Brazil
- Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.
sexta-feira, maio 29, 2009
Uma Terça Parte Da Dor Sem Fim E Precoce
Não faça de mim mais um erro,
Não sou o seu espelho quebrado,
Nem seu dia perdido... Por outro perdoado.
Saia daí, o sol está aqui... Todos dizem isso.
Só seus cabelos negros, me dizem,
A chantagem matinal, o mesmo copo de café.
Por sobre minhas tentativas ilegais,
Quebrando regras alheias.
Eu seguro sua mão, enquanto sangra o que pode.
Não sou ele, não faça contas;
Meus números divergem,
Das suas dores exageradas,
De seu atraso eterno.
Dos seus erros que compartilho.
Não sou o seu espelho quebrado,
Nem seu dia perdido... Por outro perdoado.
Saia daí, o sol está aqui... Todos dizem isso.
Só seus cabelos negros, me dizem,
A chantagem matinal, o mesmo copo de café.
Por sobre minhas tentativas ilegais,
Quebrando regras alheias.
Eu seguro sua mão, enquanto sangra o que pode.
Não sou ele, não faça contas;
Meus números divergem,
Das suas dores exageradas,
De seu atraso eterno.
Dos seus erros que compartilho.
quinta-feira, maio 28, 2009
Nº 11
Você é o barco no horizonte...
Distante de qualquer pensamento;
Distante do meu porto,
Podre nas beiradas, sem cais.
Você é a flor morta num vaso;
Esquecido na estante,
Sem cheiro, sem cor...
Esse trágico jeito de mirar,
Por esses olhos pretos,
Pedindo uma lição.
Distante de qualquer pensamento;
Distante do meu porto,
Podre nas beiradas, sem cais.
Você é a flor morta num vaso;
Esquecido na estante,
Sem cheiro, sem cor...
Esse trágico jeito de mirar,
Por esses olhos pretos,
Pedindo uma lição.
segunda-feira, maio 18, 2009
Seu Segundo Delírio Meu
Estarei com você nessa tarde,
Seja numa mesa, ou em pensamento...
Pra pular muros altos; só nossos.
Pra enfrentar o que existe,
Só em meu mundo triste.
Peço, espero o dia atrás;
Uma data apenas para a mão...
Num embalo infantil, de ti cuidar.
Estarei com você nessa tarde,
Sem estancar, ou amenizar...
Nossos muros altos, esverdeados...
Que protegem o que não existe.
Seja numa mesa, ou em pensamento...
Pra pular muros altos; só nossos.
Pra enfrentar o que existe,
Só em meu mundo triste.
Peço, espero o dia atrás;
Uma data apenas para a mão...
Num embalo infantil, de ti cuidar.
Estarei com você nessa tarde,
Sem estancar, ou amenizar...
Nossos muros altos, esverdeados...
Que protegem o que não existe.
sexta-feira, maio 15, 2009
Nº 87
Não pense num desafio...
Uma queda de braços...
Sob lençóis imundos... Sobre assuntos falsos...
Inúteis razões, de um dia da semana passada.
Não há vencido, nessa perda minha...
Perco bem, pois sou assim...
A vitória me assusta,
Ter você só minha, na próxima quarta.
Na direção que vou, só um fim me aguarda.
Uma queda de braços...
Sob lençóis imundos... Sobre assuntos falsos...
Inúteis razões, de um dia da semana passada.
Não há vencido, nessa perda minha...
Perco bem, pois sou assim...
A vitória me assusta,
Ter você só minha, na próxima quarta.
Na direção que vou, só um fim me aguarda.
Marga...
Pode ser sobre a moça da esquina;
Sobre a moça dos meus antigos sonhos...
Sobre a moça do banco ao lado...
Sobre a moça e seu par ímpar...
Sobre a moça e minhas vontades.
Sobre a moça e suas mãos na cintura,
Sobre a moça e seu sorriso, jamais meu...
Sobre a moça dos meus antigos sonhos...
Sobre a moça do banco ao lado...
Sobre a moça e seu par ímpar...
Sobre a moça e minhas vontades.
Sobre a moça e suas mãos na cintura,
Sobre a moça e seu sorriso, jamais meu...
quinta-feira, maio 14, 2009
nº 5
me ajude a amar alguém...
melhor que eu posso ser,
mais forte do que possa querer...
mais linda do que nunca eu vi...
me ajude a quebrar a rotina,
na sua pele branca,
em sua boca vermelha...
intensa, enfeitiça minhas armas.
te esquartejo em tentações do demônio.
melhor que eu posso ser,
mais forte do que possa querer...
mais linda do que nunca eu vi...
me ajude a quebrar a rotina,
na sua pele branca,
em sua boca vermelha...
intensa, enfeitiça minhas armas.
te esquartejo em tentações do demônio.
terça-feira, maio 12, 2009
Extrema Unção
Me sinto triste nas manhãs;
Seco nas tardes de ventania...
Me sinto velho diante das janelas,
Que abri pra espantar a solidão.
Procuro meus dados;
Informações tolas que eu guardo.
Anotações em blocos;
Dúvidas em pilhas de nervos.
Seu lugar na mesa, ainda vazio...
Para sempre eu morto por dentro.
Numa amargura que nutre meu ego.
Numa armadura frouxa...
Que te matou antes de tudo.
Seco nas tardes de ventania...
Me sinto velho diante das janelas,
Que abri pra espantar a solidão.
Procuro meus dados;
Informações tolas que eu guardo.
Anotações em blocos;
Dúvidas em pilhas de nervos.
Seu lugar na mesa, ainda vazio...
Para sempre eu morto por dentro.
Numa amargura que nutre meu ego.
Numa armadura frouxa...
Que te matou antes de tudo.
segunda-feira, maio 04, 2009
Sabor Abandono
Confesso que tava atraído...
Por sua voz nunca ouvida,
Faz mal não, represo meus desejos...
Não é a primeira vez, que caio.
Confesso que percebia coisas novas;
Que senti por último em 112 dias intensos,
Mas lá atrás, num verão bom.
Não hoje, nas trevas pegajosas.
Que o diabo a leve embora,
Antes de uma nova queda,
Em seu colo doce...
Sabor abandono.
Por sua voz nunca ouvida,
Faz mal não, represo meus desejos...
Não é a primeira vez, que caio.
Confesso que percebia coisas novas;
Que senti por último em 112 dias intensos,
Mas lá atrás, num verão bom.
Não hoje, nas trevas pegajosas.
Que o diabo a leve embora,
Antes de uma nova queda,
Em seu colo doce...
Sabor abandono.
Minha Última Morte
Seria épica... Caindo de um prédio.
Seria dramática... Um câncer me consumindo;
Como o bicho faz com a maçã,
De dentro pra fora...
Sem tratamento, sem fundamento.
Desabrochando de uma vez, como uma flor da manhã.
Seria fantástica... Uma doença inédita.
Seria heróica... Baleado num assalto;
Salvando a Morena que desce a rua...
Saltando em direção ao projétil...
Em câmera lenta, em plano americano.
Seria real... Esquecido num quarto;
Numa cadeira de rodas; sozinho.
Um fardo falido... Pesado demais para meus amigos;
Amigos?
Seria dramática... Um câncer me consumindo;
Como o bicho faz com a maçã,
De dentro pra fora...
Sem tratamento, sem fundamento.
Desabrochando de uma vez, como uma flor da manhã.
Seria fantástica... Uma doença inédita.
Seria heróica... Baleado num assalto;
Salvando a Morena que desce a rua...
Saltando em direção ao projétil...
Em câmera lenta, em plano americano.
Seria real... Esquecido num quarto;
Numa cadeira de rodas; sozinho.
Um fardo falido... Pesado demais para meus amigos;
Amigos?
Novas Mudas
Penso em novas mudas;
Pra esse inverno ali na esquina
Novas roupas, a mesma jaqueta de antes...
Surrada com cheiro de ontem...
Duas balas no bolso de dentro,
Crio novas mudas na sacada,
No guarda-roupa um pedaço seu.
Na janela, a mesma mancha de solidão.
Pra esse inverno ali na esquina
Novas roupas, a mesma jaqueta de antes...
Surrada com cheiro de ontem...
Duas balas no bolso de dentro,
Crio novas mudas na sacada,
No guarda-roupa um pedaço seu.
Na janela, a mesma mancha de solidão.
Mensagem Falada
Mas ainda tento coisas novas...
Naquela tarde que copiamos,
Copiamos nossos sonhos idiotas.
Mas ainda procuro sensações;
Novos caminhos pra lugares antigos...
Hoje tento novas canções,
Sem letras, com arranjos escondidos.
De flores murchas, roxas.
Mas ainda vou tentar...
Naquela tarde que copiamos,
Copiamos nossos sonhos idiotas.
Mas ainda procuro sensações;
Novos caminhos pra lugares antigos...
Hoje tento novas canções,
Sem letras, com arranjos escondidos.
De flores murchas, roxas.
Mas ainda vou tentar...
Apenas as mesmas...
E as palavras no fim de tarde?
O que faço com minhas marcas?
Aquela feita pra nunca mais?
Vejo os seus sonhos, mas e você?
Daquelas manhãs doces, ainda é a dona?
Tenho hoje a sensatez que me pedia?
Repetidas, repetitivas, mas e as que sorriam?
Como eu naquela esquina?
Com flores na mão?
O que faço com minhas marcas?
Aquela feita pra nunca mais?
Vejo os seus sonhos, mas e você?
Daquelas manhãs doces, ainda é a dona?
Tenho hoje a sensatez que me pedia?
Repetidas, repetitivas, mas e as que sorriam?
Como eu naquela esquina?
Com flores na mão?
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