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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Asilo

Olho a caneta, penso em agir.
A tinta lá embaixo, o papel acabando...
Todos se foram, levaram o tempo.
Logo vem a sopa, depois o pão.

Olho a janela, vejo seu vestido.
No varal, dançando com o vento;
Vai e volta... Chama pra vida.
Foi-se e não me contou o final.

Olho o quarto, tantos lençóis...
Tantas vontades; banais.
Descobri o final que vivo,
Que sinto nos ossos.

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