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Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Poema da Quarta-Feira

Já é tarde, você não volta;
Deixou algo sobre a mesa;
Sobre minhas costas...
Uma flanela cobre a travessa.
Deve ser meu jantar.

O dia amanheceu;
O cheiro podre do meu corpo,
Exala pela sala...
O sangue secou;
O fel estourou.

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