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Brazil
Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

nº17

janeiro é assim,
levando os seus pedaços de mim,
preparando para o fim.
com o cheiro cafona de jasmim,
deixando apenas os versos ruins,

janeiro foi assim.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Invicto

todo dia,
uma chance,
de causar o inferno no céu,
de salvar o diabo da cruz,

todo dia,
a última chance,
até o fim tentando,
até fim de todo dia,

que recomeça,
sem você perto,
odiando me amar,
esquecendo devagar,

todo dia eu tento,
todo dia eu venço,
todo dia eu perco,


você...

meu mirante

fui em muitos mundos,
realidades de doer,
em todos eu fui azedo,
viajei no tempo,
no espaço que deixou,
reduzindo a distância,
como se escolhesse a felicidade a dedo,
como se eu fosse o flagelo,
você seria a bonança.


viagens vazias,


esteve sempre aqui,
ou aí,
perto...
longe...
em pedaços que não sei juntar.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Longe

nada me importa no rio,
as pedras bonitas,
a gente feliz,


as morenas nas calçadas,
nada me importa,
o balanço do mar, a massa de duas cores...
nada me importa; a tal lapa,
a mansão e seus índices...


nem os amigos que eu possa ter aí,
nada me importa...
tudo isso sem você,
é o que eu sou hoje...


morto e vazio, pois nada me importa no rio.