Quem sou eu

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Brazil
Um Rei sem reino num mundo sem janelas, vivendo e mastigando a carne podre da rotina.

quinta-feira, março 31, 2011

dois minutos e cinquenta e seis segundos

são paisagens,

meus sentimentos podres,

mentirosos (fracos),

engano aqui, engano ali,

mas eu os sinto…

aprendi novos truques,

que eu nem te conto.

bailando


foge de todos, não aceita o amor,

convive com a dor,

seja qual for,

morena de cachos,

enlouquece os machos,

deitada na rede,

escolhe seus alvos.

quinta-feira, março 17, 2011

500 mg




Vazio por dentro; podre de solidão,
Um morto vivendo em aparelhos,
Mas livre de ti no meu coração,

Vá embora ou leve seus vestidos,
Só me deixe apodrecer,
E longe do teu colo,
Perecer...

terça-feira, março 15, 2011

Ao meu amigo morto





Mesa imunda de bar,
Lascas soltas, umidade no ar.
Eu tenho curativo,
Mas não posso emprestar,

(...)
Trouxe a doença pra cá,
Fidel sangra, mas não posso ajudar,
Rastejo ao seu lado,
Estamos mortos e não há...
Como a vingança vingar.

segunda-feira, março 14, 2011

À Barra da Morena

Morena sentada na barra,
Me chama de vida,
Pede respeito,
De qualquer outro jeito,
Eu seria refém,
Na barra da saia,
Justa sem causa,
Manda no mundo,
Me chama

de puto,

Morena de saia no banco,
Ainda me espera?

sábado, fevereiro 19, 2011

não "me" salve

A ilusão me afastou da margem,
Mas não sei nadar,
E só agora descobri,
Olhei adiante sem pensar,
E não há escolha,
Até minha força acabar.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

nº17

janeiro é assim,
levando os seus pedaços de mim,
preparando para o fim.
com o cheiro cafona de jasmim,
deixando apenas os versos ruins,

janeiro foi assim.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Invicto

todo dia,
uma chance,
de causar o inferno no céu,
de salvar o diabo da cruz,

todo dia,
a última chance,
até o fim tentando,
até fim de todo dia,

que recomeça,
sem você perto,
odiando me amar,
esquecendo devagar,

todo dia eu tento,
todo dia eu venço,
todo dia eu perco,


você...

meu mirante

fui em muitos mundos,
realidades de doer,
em todos eu fui azedo,
viajei no tempo,
no espaço que deixou,
reduzindo a distância,
como se escolhesse a felicidade a dedo,
como se eu fosse o flagelo,
você seria a bonança.


viagens vazias,


esteve sempre aqui,
ou aí,
perto...
longe...
em pedaços que não sei juntar.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Longe

nada me importa no rio,
as pedras bonitas,
a gente feliz,


as morenas nas calçadas,
nada me importa,
o balanço do mar, a massa de duas cores...
nada me importa; a tal lapa,
a mansão e seus índices...


nem os amigos que eu possa ter aí,
nada me importa...
tudo isso sem você,
é o que eu sou hoje...


morto e vazio, pois nada me importa no rio.